Poeta e tradutor, Sebastião Uchôa Leite nasceu a 31 de janeiro de 1935, na cidade de Timbaúba. Bacharel em Direito e Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde também foi professor de Biblioteconomia.

No Recife, atuou ainda no suplemente literário do Jornal do Commercio e foi um dos idealizadores da Revista de Estudos Universitários. Publicou seu primeiro livro (Dez Sonetos Sem Matéria) em 1960.

Do Recife, Sebastião Uchôa Leite seguiu para o Rio de Janeiro, onde foi editor no Serviço Nacional de Teatro, entre 1976 e 1990. Em 1986 assumiu o setor de edições do Instituto Nacional de Setor de Artes Cênicas.

Entre 1966 e 1995 publicou os livros de ensaios Participação da Palavra Poética, Crítica Clandestina e Jogos e Enganos , além de traduzir obras de A. M. Krich, Angelo M. Ripellino, François Villon e Julio Cortázar, entre outros.

Em 1970, trabalhou em enciclopédias sob a chefia de Antonio Houaiss e Otto Maria Carpeaux.

Na década de 1990 foi funcionário do Arquivo Nacional e do Ibac (Instituto Brasileiro de Arte e Cultura) e coordenador de Editoração do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Em 1997, traduziu as Crônicas Italianas, de Stendhal, livro publicado no mesmo ano pela Edusp e que recebeu o Prêmio Jabuti de Tradução em 1998.

Conquistou novamente o Prêmio Jabuti de Tradução, em 2001, pelo livro Poesia de François Villon. Em 2003 conquistou o segundo lugar do Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira com o livro A Regra Secreta.

Sebastião Uchôa Leite morreu na manhã do dia 27 de novembro de 2003, no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, em razão de uma insuficiência cardíaca.

O corpo do poeta foi velado na capela do Cemitério São João Batista, RJ, onde foi enterrado.

Bibliografia
Dez sonetos sem matéria (poesia, 1960)
Participação da palavra poética (ensaio, 1966)
Antilogia (poesia, 1979, Prêmio Jabuti de Poesia em 1980)
Isso não é aquilo (ensaio, 1982)
Crítica clandestina (ensaio, 1986)
Grande Otelo: o artista múltiplo (org. com Ana Pessoa, 1988)
Obra em dobras (antologia, 1989)
A uma incógnita (1991)
A ficção de vida (poesia, 1993)
Jogos e enganos (ensaio, 1996)
À espreita (poesia, 2000)