Poeta, engenheiro, Joaquim Maria Moreira Cardozo nasceu no Recife, a 26 de agosto de 1897, filho de um modesto guarda-livros. Na juventude, participou das noitadas boemias recifenses, com figuras como o poeta Ascenso Ferreira e outros. Em 1934, foi um dos primeiros engenheiros calculistas da estrada Rio-Petrópolis.
Em 1939, após um giro pela Europa, volta para o Recife; entra em atrito com o então interventor federal em Pernambuco, Agamenon Magalhães, e muda-se para o Rio de Janeiro, onde passa a integrar o grupo formado pelos intelectuais Manuel Bandeiras, Pedro Nava, Augusto Meyer, Lúcio Costa e outros.
Durante muitos anos, viveu entre as duas cidades: Rio e Recife. Entrou na literatura por influência de um irmão, que era poeta parnasiano. Publicou, em 1914, charges no Diário de Pernambuco. Seu primeiro poema modernista foi publicado pela imprensa em 1934.
O primeiro livro ("Poemas") foi editado em 1947, quando o poeta completava 50 anos de idade. Depois, vieram os outros livros: "Pequena Antologia Pernambucana" (1948); "Prelúdio e Elegia de Uma Despedida" (1952); "Signo Estrelado" (1960); "O Coronel Macambira" (1963) ; "Trivium" (1964); "Coletânea de Teatro Moderno" (O Capataz de Salema, Antônio Conselheiro e Marechal Boi de Carros, 1965); "De uma Noite de Festa" (1971); "Poesias Completas" (1971); "Os Anjos e os Demônios de Deus" (1973); "O Interior da Matéria" (1976).
Como engenheiro, integrou a equipe de Oscar Niemeyer na construção de Brasília, tendo feito os cálculos das estruturas dos palácios do Planalto e Alvorada e do prédio co Congresso Nacional.
Morreu no Recife, a 04 de novembro de 1978. Publicações póstumas: "Um Livro Aceso e Nove Canções Sombrias", Editora Civilização Brasileira/Fundarpe, 1981; "Poemas Selecionados" (1997, organizado por César Leal).




